Love of Nirvana - Drama Chinês com Allen Ren, Landy Li e Jeremy Tsui.
Olá, universo dorameiros, vamos falar de um drama Chinês de época e fantasia, "Love of Nirvana" veio preencher uma lacuna no meu coração, e de maneira surpreendente. Eu estava com saudades de uma história que conseguisse equilibrar um enredo eletrizante, com reviravoltas inteligentes, um romance envolvente e repleto de tensão, além de uma química avassaladora entre os protagonistas. Apesar de não termos aquele final "felizes para sempre" que todos desejamos, o encerramento é satisfatório e coerente com a complexidade da trama, lembrando-me do que senti ao assistir "Até o Fim da Lua". A diferença é que, mesmo sem o final dos sonhos, a história não se perde e oferece uma conclusão sólida.
Nessa historia temos um protagonista fascinante, cuja jornada nos faz refletir sobre os meandros da natureza humana. Ele é um homem movido pela vingança, que acaba se apaixonando pela pessoa errada. A tensão entre o amor e o ódio é palpável, e a construção de sua personagem mantém o público preso do início ao fim. Por outro lado, o antagonista — uma figura determinada, que se vê forçada a se aliar a um inimigo improvável — adiciona camadas interessantes à trama. E, claro, não podemos esquecer a heroína, nossa protagonista, forte, astuta, e disposta a fazer de tudo para proteger aqueles que ama.
A trama gira em torno de um plano cuidadosamente elaborado e executado pelo protagonista, ele só não esperava o florescer inesperado de um amor profundo. A protagonista, que estava confortavelmente escondida nas montanhas, decide aventurar-se na cidade, apenas para cair no meio de um ataque meticulosamente planejado pelo Comandante, nosso protagonista. Esse personagem, é o líder de uma cidade onde sua família governava e foram destituídos, vive nas sombras, carregando o peso de uma família desonrada e em busca de justiça. Ele se tornou Comandante devido à posição da sua irmã que se torna consorte do rei, mas sua missão de vida é vingar sua família e desmascarar os traidores responsáveis pela queda.
Relutante no início, a protagonista se junta a ele nessa perigosa jornada. Outro personagem central é o Marquês, que, embora inicialmente ajude a protagonista, logo se torna uma figura ambígua, perseguindo seus próprios objetivos. Ele não é vilão, mas também não é o herói. Suas intenções oscilam, especialmente à medida que seus interesses começam a convergir com os do Comandante.
Eu gosto bastante do ator que faz o Marques, ele é um ótimo ator, e nessa historia conseguimos notarmos muito isso, porque ele consegue fazer a gente passar raiva com o nível que a obsessão dele chega em em ter a protagonista para ele, mesmo ela não querendo mais ele.
Há também o médico, um personagem doce, que inicialmente está ao lado do Marquês, mas que, ao longo do enredo, revela-se um aliado mais complexo. Você ira gostar desse personagem, ele trás um toque sentimental e puro para a história, que é marcada por muitas maldades. Oferecendo um contraponto mais leve à trama densa, repleta de mortes, lutas e sacrifícios. Aliás, o alívio cômico aqui fica por conta dos guarda-costas do Comandante e do Marquês, que proporcionam momentos descontraídos em meio ao caos.
A trama central, uma disputa entre famílias influentes e o imperador, lembra muito o recente "Melodia da Era de Ouro". Se você ainda não conferiu, há uma resenha no blog e alguns shorts lá no meu canal no youtube. Ambas as histórias lidam com vinganças familiares que se arrastam por gerações. Os filhos dessas famílias herdaram o ódio dos pais, e agora lutam para impor suas próprias narrativas. Eu gostei das duas historias, mas o final dessa aqui me convenceu mais, digamos que o roteirista aqui foi mais corajosos, em historias de época nem sempre é possível tudo ficar feliz, as vezes perdas serão necessárias. Mas ambas as historias são muito boas, com excelentes atores. O que mais me incomodou em "Melodia da Era do Ouro", não foi nem o final, afinal o final foi felizes para sempre do jeito que eu gosto, o que me incomodou, foi não ter tido coragem que colocar a culpa em que deveria ter a culpa... bom isso é apenas gosto, mas, volto a repetir que as duas historias valem muito apenas.
No inicio de "Love of Nirvana" a gente fica se perguntando o que o roteirista vai fazer para redimir o protagonista, porque no inicio ele faz nossa heroina sofrer de mais.
Isso me lembrou "Story of Kunning Palace", [que quem me segue aqui a um tempo sabe que é meu drama Chinês de fantasia favorito] onde o protagonista, inicialmente difícil de se amar, acaba conquistando o público com o passar dos episódios. E aqui, em "Love of Nirvana", não é diferente. O roteirista consegue nos convencer, e logo nos vemos completamente envolvidos na dinâmica do casal principal, que tem uma excelente química, sem a necessidade daquelas cenas cheias de beijos e contato físico, só no olhares, no jogo de câmera e na excelente atuação do atores, a gente já se apaixona pelo casal. O triângulo amoroso que se forma, nos primeiros episódios, é bem construído, com a protagonista dividida entre a gratidão pelo Marquês e a crescente atração pelo Comandante, nosso protagonistas, que lembre-se rapidamente você vai se apaixonar por ele. O protagonista, ao passar dos episódios se revela mais do que apenas um homem amargurado em busca de vingança, e sim um homem sofrido, em busca de justiça.
A trama é engenhosamente elaborada como um jogo de xadrez, com cada personagem tentando antecipar os movimentos do outro. O Comandante, com sua inteligência estratégica, vê seu plano se complicar à medida que seus sentimentos pela protagonista crescem. Comandante e Marques, deixam em dado momento da história, como a própria sinopse diz, suas divergências de lado em busca de paz no reino, mesmo a protagonista estando nesse meio, e por vezes, ela é exatamente o que impede eles de se destruírem.
A construção da protagonista é ponto positivo, pois ela é retratada como forte, inteligente, sem aqueles clichês de empoderamento feminino forçado. Ela é astuta e age de forma coerente dentro das limitações da época.
O Marquês, por sua vez, vive um dilema entre a lealdade à família e a busca por justiça, o que acaba abrindo caminho para o Comandante conquistar de vez o coração da protagonista. No entanto, à medida que a história avança, o Marquês se transforma em um personagem obsessivo, o que o torna irritante em certos momentos, mas ainda assim fascinante, como já tinha mencionado, um excelente ator, capaz de fazer a gente sentir raiva mesmo com aquele rostinho lindo.
A revelação final sobre a origem da protagonista coloca tudo de cabeça para baixo, e o casal principal precisa lidar com as implicações disso, mas já é tarde demais para recuar. O amor entre eles já está consolidado, e, apesar de todos os obstáculos, o sentimento que compartilham só cresce. Eles se arriscam constantemente para proteger um ao outro, tornando impossível não torcer por um final feliz, mas... preparem os corações, assistam esse drama sempre lembrando do final de "Ate o fim da Lua"... para não dizer que eu não avise.
Embora a história tenha começado com momentos leves, sua reta final é marcada por muito sofrimento para personagens que já haviam passado por tantas provações. Prepare o coração, pois o drama atinge níveis altos de intensidade. E no final tudo termina em paz e a justiça é feita, e nossos corações terão de aceitar.
Se você procura uma história envolvente, com um romance poderoso e um enredo bem amarrado, "Love of Nirvana" é o drama perfeito. É o tipo de narrativa que personifica o verdadeiro significado de "drama", e mesmo sem o típico final "de conto de fadas", ele entrega algo significativo e impactante.
Essa história chinesa está disponível no Brasil na Viki e na weTV, e no YouTube também, apesar dos episódios serem disponibilizadas numa velocidade menor. A depender do país que você mora a plataforma de distribuição também pode ser outra. E você consegue encontrar essa história no Telegram também, mas cuidado com a integridade do aparelho de vocês, cuidado com canais que tenham más intenções.
Beijinhos!!!
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